segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Fénix

Após interregno longo, o Bizcake volta (sabe-se lá como e quando!). E volta com ímpeto e asseverando que no dia 27 de Março os Portishead vão vibrar no coliseu.

terça-feira, maio 01, 2007

AMY WINEHOUSE

Entre piercings, tattoos e cheirinho a pin-up rockabilly, Amy Winehouse mancha a inocência da sonoridade dos anos 60, com letras mordazes e cáusticas, que enterram o romance e celebram as relações reais.

Como passar pela cortina de fumo de um club nocturno para descobrir a soul singer, cuja voz profunda pintada em tons de jazz, celebra Etta James.

the bar is open and the wine is on the house!

domingo, abril 01, 2007

NEON BIBLE - Arcade Fire

Uma verdadeira missa, ditada por uma Bíblia de Néon,
salmo atrás de salmo, num ritual ao sagrado ...ou ao profano.



Em atitude de arrependimento, leio compulsivante, os versículos 04 e 11 desta NEON BIBLE, uma e outra vez...




O lamento arrastado num exteriorizar de frustração demasiado pessoal.
Quando a resposta está em nós próprios e nas nossas mãos, romper com os grilhões que nos prendem e nos impedem de ser felizes.
Um lamento em forma de cerimónia litúrgica, que ganha corpo e voz, até ao culminar da libertação do espírito.
Sai triunfante, abandonando a segurança, ao som do órgão que ecoa pelo transepto expandindo-se por toda a nave, numa composição acústica electrizante.
MY BODY IS A CAGE...





A chuva cai persistente, depois da tempestade.
O magnetismo é incontornável, sem hipótese de o combater, cedendo à sua vontade.
Da libertação trazida pela tempestade na noite passada, poucas evidências são notadas pela manhã.
Sair sem encarar a situação, voltam-se a vestir os papeis... não dar a parte fraca.
O desvendar das almas fica em segredo entre 4 paredes, numa noite de tempestade. In an OCEAN OF NOISE


3 de julho será uma bonita missa

domingo, outubro 08, 2006

THE KILLERS - SAM's TOWN


O novo SAM'S TOWN dos THE KILLERS, vem substituir mais uma mão cheia de sucessos cujas melodias e reefs, dificilmente não se vão colar de novo ao ouvido. When we were young, já roda por aí e é com certeza que digo que mais irão substituir os anteriores Somebody told me, Mr.Brightside, All these things that I’ve done, Jenny was a friend of mine e Smile like you mean it.

Ganhando cada vez mais terreno, no panorama indie /rock/alternativo, para o qual contribui um cariz de ambiguidade sexual, nas letras, comportamento em palco e actuações em club transsexual de Las Vegas da banda, assim como as declarações polémicas e a imagem, considerada metrossexual, com que se apresenta o vocalista Brandon Flowers, segundo o qual, se deve às suas 4 irmãs mais velhas.

Entre o anterior HOT FUSS para este SAM’S TOWN, os THE KILLERS perderam a chamada babyfat e estão claramente, mais adultos, visível a vários níveis (música, letras e o próprio look), estando a arrecadar críticas favoráveis, ao ponto de deixarem de ser considerados “melhor banda britânica a sair dos EUA” para passarem a ser considerados “a melhor banda a sair de qualquer lado”. x

quarta-feira, outubro 04, 2006

Black & White

Desde o verão, a minha comparência em festivais ou concertos, ainda que não tivesse sido muito frequente (infelizmente), tem diminuído consideravelmente no presente. Até porque entrámos numa época “baixa” onde a quantidade de concertos é comparativamente menor.



Apesar de tudo, esta semana, dei comigo em circunstâncias pouco comuns: Por ocasião d'uma dessas festas do caloiro, na costa da Caparica, travei conhecimento com uma banda que integra o actual panorama electrónico alternativo português: Micro Áudio Waves. E que encontro!
Ao que consegui apurar, a vida desta banda (um trio), apesar de curta, revela-se uma enorme promessa no indie nacional. Com o primeiro albúm editado em 2002, Micro Áudio Waves, já acumulam participações que se estendem por vários festivais internacionais. Este ano, por exemplo, em Paris, por ocasião do electronic music awards, foram vencedores do prémio quartz (o prémio quartz agracia todos os anos os melhores trabalhos de música independente oriunda de todo o mundo) nas categorias de melhor albúm e Videoclip - No Waves.



A voz de Cláudia Ribeiro, emerge algo suave, mas muito assertiva, nas várias tonalidades musicais, incutindo uma severa personalidade em todo o plantel musical da banda (Carlos Morgado, Flak dos Rádio Macau e Cláudia Ribeiro.). Algumas musicas ostentam alguns acústicos, mas a panóplia de sons electrónicos é o que melhor confere a, muitas vezes, designação de minimalista e digital nas suas musicas. A sua forte vertente experimental reverte-se em sons de alguma sonoridade serena. Alguns fazem recordar os tempos do ZX Spectrum, com as cores que lhe são tão demasiado características, apesar de a banda eleger sempre o preto e branco nas suas exibições.
Dificilmente evitei manear o corpo durante o concerto, e fui reparando que os demais presentes também não o evitavam.

(Imagens de Delfim Machado)

sábado, setembro 23, 2006

Darts of Pleasure (throwened by) ... FRANZ FERDINAND

Agora que os dias de calor começam a parecer cada vez mais distantes recordo, com saudades, alguns dos melhores concertos a que assisti este ano e talvez, sempre. Tal como o assassinato do arquiduque e sucessor ao trono Austro-Húngaro (a quem se deve o nome deste grupo de Glasgow), que desencadeou a I Grande Guerra - talvez o maior acontecimento do século XX, responsável pela definição das fronteiras na Europa, como a conhecemos hoje, assim, me parece, tem sido o papel dos Franz Ferdinand, no panorama musical. Com uma combinação instrumental e interpretação explosiva e, só como raras excepções, largamente superada pelo seu desempenho em palco, considero-os uma banda admirável como um todo, nas suas variadas prestações, fiéis ao espírito que os juntou e que faz com que o seu sucesso seja absoluto. Admiráveis e coerentes até na apresentação gráfica do seu material, como vídeos, CD's, cenários e a própria indumentária, conseguem manter-se íntegros na sua irreverência, muito devido ao facto de se recusarem a transitar para uma editora de grande envergadura. Continuo assim, sempre que vejo uma sweat às riscas vermelhas e pretas, a lembrar com saudades a descarga energética e a facilidade com que conseguem manter a assistência ao rubro, durante todo o concerto. E, como um dia descrevi, depois de uma noite fervilhante de Junho, "o ter ficado verdadeiramente estúpida com um Kaprano absolutamente cool, cuja presença carismática, destilava uma sensualidade, impressa a vermelho, enquanto se movia pelo palco, com a agilidade de um siamês”.

Sem esquecer a versatilidade das covers como é o caso de Sexy Boy dos Air


e Sorry Angel de Sérge Gainsbourg



Para matar saudades...


un délicieux et superbe resumé

terça-feira, setembro 19, 2006

Admiro esta Sra - a eterna Cornflake Girl

e a sua transposição visual.
Com uma voz e uma aparência angelical, Tori Amos consegue pintar, na perfeição, um mundo ambíguo: sórdido, mas belo, maléfico, mas que nem por isso deixa de ter ser atraente.



A SORTA FAIRYTALE - o moderno conto de fadas, que por ironia, hoje tão bem entendo



SPARKS - a indecisão entre o que nos faz mal e o que nos faz ainda pior



STRANGE LITTLE GIRL - quando passamos a vida a fugir de algo, muitas vezes de nós próprios, até conseguirmos, por fim, conquistar os nossos medos.