terça-feira, agosto 29, 2006

Bright Black Morning Light



Algures na brisa que se passeia pelas tardes quentes de Agosto, conseguem-se perceber maneirismos dengues em tudo o que se deixa levar ao seu ritmo. Numa primeira vez, para quem ouve Bright Black Morning Light, sente-se esta brisa quente… We share our blaket with the Owl, por exemplo, transporta-nos para lugares muito remotos, de paisagens demasiado esparsas, toldadas pelo calor, onde a solidão fulmina até os mais expeditos. Tudo começa assim, numa indolência quente.





Em Friend of Time misturam-se o folk, o soul, o que sugere, em alegoria, os Westerns. Forçosamente imagino um cowboy, um diligente aventureiro, num cavalgar ritmado, rumando ao infinito até se misturar com o calor que emana da terra. E é assim que temos os Brokeblack Mornig Light.

O duo, Rachel Hughes and Nathan Shiney, em Junho, misturaram sons de Alabama, Kentucky e California, editaram o seu último albúm, Bright Black Morning Light. Mais do que a intencional sonoridade, com ela eles afloram os ideais de protecção dos animais, do movimento dos Índios americanos e da terra; Colocam-nos numa posição de partidários, aliados a essas mesmas convicções. Longe disto está uma severa quietação, demasiado contagiante, quando se ouve a música.

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