domingo, outubro 08, 2006

THE KILLERS - SAM's TOWN


O novo SAM'S TOWN dos THE KILLERS, vem substituir mais uma mão cheia de sucessos cujas melodias e reefs, dificilmente não se vão colar de novo ao ouvido. When we were young, já roda por aí e é com certeza que digo que mais irão substituir os anteriores Somebody told me, Mr.Brightside, All these things that I’ve done, Jenny was a friend of mine e Smile like you mean it.

Ganhando cada vez mais terreno, no panorama indie /rock/alternativo, para o qual contribui um cariz de ambiguidade sexual, nas letras, comportamento em palco e actuações em club transsexual de Las Vegas da banda, assim como as declarações polémicas e a imagem, considerada metrossexual, com que se apresenta o vocalista Brandon Flowers, segundo o qual, se deve às suas 4 irmãs mais velhas.

Entre o anterior HOT FUSS para este SAM’S TOWN, os THE KILLERS perderam a chamada babyfat e estão claramente, mais adultos, visível a vários níveis (música, letras e o próprio look), estando a arrecadar críticas favoráveis, ao ponto de deixarem de ser considerados “melhor banda britânica a sair dos EUA” para passarem a ser considerados “a melhor banda a sair de qualquer lado”. x

quarta-feira, outubro 04, 2006

Black & White

Desde o verão, a minha comparência em festivais ou concertos, ainda que não tivesse sido muito frequente (infelizmente), tem diminuído consideravelmente no presente. Até porque entrámos numa época “baixa” onde a quantidade de concertos é comparativamente menor.



Apesar de tudo, esta semana, dei comigo em circunstâncias pouco comuns: Por ocasião d'uma dessas festas do caloiro, na costa da Caparica, travei conhecimento com uma banda que integra o actual panorama electrónico alternativo português: Micro Áudio Waves. E que encontro!
Ao que consegui apurar, a vida desta banda (um trio), apesar de curta, revela-se uma enorme promessa no indie nacional. Com o primeiro albúm editado em 2002, Micro Áudio Waves, já acumulam participações que se estendem por vários festivais internacionais. Este ano, por exemplo, em Paris, por ocasião do electronic music awards, foram vencedores do prémio quartz (o prémio quartz agracia todos os anos os melhores trabalhos de música independente oriunda de todo o mundo) nas categorias de melhor albúm e Videoclip - No Waves.



A voz de Cláudia Ribeiro, emerge algo suave, mas muito assertiva, nas várias tonalidades musicais, incutindo uma severa personalidade em todo o plantel musical da banda (Carlos Morgado, Flak dos Rádio Macau e Cláudia Ribeiro.). Algumas musicas ostentam alguns acústicos, mas a panóplia de sons electrónicos é o que melhor confere a, muitas vezes, designação de minimalista e digital nas suas musicas. A sua forte vertente experimental reverte-se em sons de alguma sonoridade serena. Alguns fazem recordar os tempos do ZX Spectrum, com as cores que lhe são tão demasiado características, apesar de a banda eleger sempre o preto e branco nas suas exibições.
Dificilmente evitei manear o corpo durante o concerto, e fui reparando que os demais presentes também não o evitavam.

(Imagens de Delfim Machado)

sábado, setembro 23, 2006

Darts of Pleasure (throwened by) ... FRANZ FERDINAND

Agora que os dias de calor começam a parecer cada vez mais distantes recordo, com saudades, alguns dos melhores concertos a que assisti este ano e talvez, sempre. Tal como o assassinato do arquiduque e sucessor ao trono Austro-Húngaro (a quem se deve o nome deste grupo de Glasgow), que desencadeou a I Grande Guerra - talvez o maior acontecimento do século XX, responsável pela definição das fronteiras na Europa, como a conhecemos hoje, assim, me parece, tem sido o papel dos Franz Ferdinand, no panorama musical. Com uma combinação instrumental e interpretação explosiva e, só como raras excepções, largamente superada pelo seu desempenho em palco, considero-os uma banda admirável como um todo, nas suas variadas prestações, fiéis ao espírito que os juntou e que faz com que o seu sucesso seja absoluto. Admiráveis e coerentes até na apresentação gráfica do seu material, como vídeos, CD's, cenários e a própria indumentária, conseguem manter-se íntegros na sua irreverência, muito devido ao facto de se recusarem a transitar para uma editora de grande envergadura. Continuo assim, sempre que vejo uma sweat às riscas vermelhas e pretas, a lembrar com saudades a descarga energética e a facilidade com que conseguem manter a assistência ao rubro, durante todo o concerto. E, como um dia descrevi, depois de uma noite fervilhante de Junho, "o ter ficado verdadeiramente estúpida com um Kaprano absolutamente cool, cuja presença carismática, destilava uma sensualidade, impressa a vermelho, enquanto se movia pelo palco, com a agilidade de um siamês”.

Sem esquecer a versatilidade das covers como é o caso de Sexy Boy dos Air


e Sorry Angel de Sérge Gainsbourg



Para matar saudades...


un délicieux et superbe resumé

terça-feira, setembro 19, 2006

Admiro esta Sra - a eterna Cornflake Girl

e a sua transposição visual.
Com uma voz e uma aparência angelical, Tori Amos consegue pintar, na perfeição, um mundo ambíguo: sórdido, mas belo, maléfico, mas que nem por isso deixa de ter ser atraente.



A SORTA FAIRYTALE - o moderno conto de fadas, que por ironia, hoje tão bem entendo



SPARKS - a indecisão entre o que nos faz mal e o que nos faz ainda pior



STRANGE LITTLE GIRL - quando passamos a vida a fugir de algo, muitas vezes de nós próprios, até conseguirmos, por fim, conquistar os nossos medos.

terça-feira, agosto 29, 2006

Bright Black Morning Light



Algures na brisa que se passeia pelas tardes quentes de Agosto, conseguem-se perceber maneirismos dengues em tudo o que se deixa levar ao seu ritmo. Numa primeira vez, para quem ouve Bright Black Morning Light, sente-se esta brisa quente… We share our blaket with the Owl, por exemplo, transporta-nos para lugares muito remotos, de paisagens demasiado esparsas, toldadas pelo calor, onde a solidão fulmina até os mais expeditos. Tudo começa assim, numa indolência quente.





Em Friend of Time misturam-se o folk, o soul, o que sugere, em alegoria, os Westerns. Forçosamente imagino um cowboy, um diligente aventureiro, num cavalgar ritmado, rumando ao infinito até se misturar com o calor que emana da terra. E é assim que temos os Brokeblack Mornig Light.

O duo, Rachel Hughes and Nathan Shiney, em Junho, misturaram sons de Alabama, Kentucky e California, editaram o seu último albúm, Bright Black Morning Light. Mais do que a intencional sonoridade, com ela eles afloram os ideais de protecção dos animais, do movimento dos Índios americanos e da terra; Colocam-nos numa posição de partidários, aliados a essas mesmas convicções. Longe disto está uma severa quietação, demasiado contagiante, quando se ouve a música.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Running up that Hill - Placebo

Da infância, lembro-me especialmente das escolhas musicais emprestadas pelos meus pais e irmã mais velha – desde Blondie a Kate Bush, Bee Gees a Duran Duran, Bryan Ferry a Nena – ainda em idade pré-escolar, aos quais agradeço, pelo que possivelmente evitaram uma fatídica fase "Minishock" ou "OndaStars". O que hoje em dia me faz recordar com grande familiaridade toda a cena musical de anos 80, em particular, da 1ª metade, que com mais força, ficou impressa na minha memória. É por isso que a versão de "RUNNING UP THAT HILL" dos Placebo tem, para mim, um significado para além de uma simples cover bem conseguida. Confesso que nunca considerei o trabalho dos Placebo nada de extraordinário, mas é certo que gosto cada vez mais desta versão. Perdoa-me Kate! A crueza, a frieza, o cinismo, a profundidade, tudo assenta na perfeição com o conteúdo, cujo original, passados mais de 20 anos, continua perfeitamente consumível. Sobre um acordo para inversão de papeis, quando o amor e o ódio andam de mãos dadas e quando nunca queremos ficar com o papel da parte que sofrerá mais...ou isso é apenas a minha interpretação



e o original :

quarta-feira, agosto 09, 2006

LISBOA SOUNDZ - 22 JULHO 2006

HOWIE GELB

Debaixo de um sol quente de fim de tarde, chego ao recinto a tempo de assistir a uma surpreendente actuação. Com uma expectativa nada especial, sobre o blues de Howe Gelb, deixei-me conquistar pelo à vontade e domínio com que conseguiu transpôr, com uma fina e ténue linha, o soundcheck para a performance. Entre piadas e interacção com o escasso público que teimava resistir ao sol, aquela figura alta e estereotipadamente americana, conseguiu em pouco tempo, puxar-me para dentro de um imaginário muito estilo ROUTE 66, ao volante de um Mustang branco, ora actuando em clubes crepusculares, vigiado por uma assistência omissa, entre as sombras à média luz e brumas provocadas pela excessiva concentração de fumo de cigarro, enquanto duas pedras de gelo se desfazem lentamente num copo de Bourbon. Com uma voz muito ao estilo da de Lou Reed , um estilo muito próprio e uma certeza que domina o palco, cuja presença esguia intimidande, como tive a oportunidade de confirmar, mais tarde, mesmo ao meu lado.

SHE WANTS REVENGE

Som depressivo mas em nada deprimente, o ritmo pulsa e encontra reflexo nos cantos obscuros da minha alma e transforma-se com uma atitude provocatória, num “teasing” muito bem conseguido, com um jogo de inatingível que perdura e faz perpectuar as sensações.
A actuação mais esperada da noite, deixou-me com um gosto de insatisfação. Terá sido pelo distanciamento, imposto pela estruturada coreografia com poses pensadas, expondo a sensualidade estática ao máximo? Exalando e explorando a ambiguidade sexual que cativa os dois públicos, um concerto brutal, que me deixou a desejar mais. SHE WANTS REVENGE são bons, muito bons, mas o timming apertado das actuações ou a fadiga sabotaram a explosão merecida. Senti-me como se circulasse em esferas diferentes, onde foi demasiado evidente a diferença entre o palco e o público. Faltou a interacção, razão pela qual um concerto na TV não é comparável a um concerto ao vivo.
Não me senti defraudada mas com vontade de voltar a tentar.I WANT REVENGE : come back so we can settle the score.
SHE WAS A BAD BAD GIRL AND HE TOLD HER SO

THE STROKES

O grande fecho com uma catadupa de sucessos, sob uma hipnose de luz e de cor. Uma descarga energética de pouco mais de uma hora, pela contaminação envolvente. Só quem lá esteve pôde sentir. Mas a verdade seja dita, em nada , mesmo nada comparável, à inesquecível e esgotante actuação de Franz Ferdinand no passado dia 7 de junho.É a desvantagem de se começar tão bem – o que vem a seguir, dificilmente irá satisfazer – queremos sempre mais e melhorFica a memória de uma injecção energética com um espirito rebelde controlado e bem disposto. Boa disposição garantida até ter um AVC (=STROKE).

terça-feira, julho 18, 2006

Rosa Vitoriosa - Música do frio que aquece a alma

Numa noite morna de verão, tive a sorte de ter decidido ir a um concerto que se revelou um dos mais introspectivos que me lembro. Uma viagem ao fundo do meu eu, levada pelos sons frios da Islândia. Alienei a companhia enquanto me deliciava com cada uma das músicas, como se só estivesse eu e o palco. Assisti como um verdadeiro Svefn-g-englar (sonâmbulo) ao alinhamento, ao borbulhar dos meus mais profundos sentimentos, vibrando ao som das cordas e da voz, daquela voz que me embalava ao longo daquela viagem surreal. Noite absolutamente mágica, com um total preenchimento do tão difícil pavilhão atlântico, de som, ambiente, imagens
e calor. Não consegui parar, tal qual uma árvore ao sabor do vento, de balançar lentamente ao sabor da música, como uma dança à distância com um parceiro invisível, sentindo o musgo fofo e gélido sob os pés descalços. Um misto de inocência com mestria, a melancolia de um interminável lamento que termina cedo demais, um sentimento que cresce ao sabor de uma paixão calmamente arrebatadora. Um misto de contrassensos que tão bem se misturam e fazem todo o sentido.
É como cair lentamente no precipício submerso, o poder respirar debaixo de água numa queda em câmara lenta, enquanto se tem a sensação de ser gentilmente elevado sobre o vazio.
Loka Augunum (fecho os olhos) e deixo-me invadir...
por um estado hipnótico
É assim, Sigur Ros


De notar também a curiosa mas fantástica interpretação da banda de abertura - AMINA - 4 bonecas de porcelana islandesa, que conseguiram criar um ambiente espectante, provando ser possível fazer música com o mais comum dos objectos. A construção de um imaginário infantil cruzado com nuances tétricas, com uma base de cordas clássicas, sequenciadas pela introdução de repetições melódicas arrancadas a copos com água, à serra tocada com arco, caixas de música, campainhas e orgãos de brincar, num serviço litúrgico, sobre um altar improvisado. A consultar

quinta-feira, julho 13, 2006

Dead Combo In Dub


Desde o início do verão que todas as noites foram frias e totalmente desprovidas de qualquer espírito veraneado. Ontem foi diferente. Antes de sair de casa, muito perto das sete da tarde, a minha preocupação simultânea de encontrar uma camisola fresca para o final do dia e um casaco que me devolvesse o conforto mais para a noite, foi perfeitamente desnecessária: A noite manteve-se sempre quente e abafada. Aliás foi perfeita!
Depois de um jantar fugaz, onde tive a oportunidade de comer a tão "saudável" Junk food, 10 minutos depois da hora marcada do concerto, já estava no Beer Deck, no topo do edifício. Os espectadores distribuíram-se conforme iam chegando, deixando-se ficar em qualquer espaço livre que permitia uma melhor visão para o palco improvisado.


As guitarras lá estavam, e o contrabaixo que tanto adoro, todas dispostas lado a lado, fazendo lembrar instrumentos cirúrgicos preparados para a mais delicada das operações. E foi sempre assim durante a noite, sempre a trocar de instrumento, escolhendo sempre o mais adequado para aquela particular operação. Atrás dos músicos, a pilha dos estojos de guitarra, com um arranjo de flores no topo, dava, intencionalmente, o ar fúnebre. A cartola, os óculos escuros, e as indumentárias: Os Dead Combo.


No meio duma brisa quente e sensual que me fustigava os cabelos, A menina dança foi das primeiras interpretações que soou depois do seu anúncio com a voz cava do Tó trips. Foi a seguir, com Clint Eastwood e Eléctrica cadente que, de facto, me imaginei a cavalgar frenéticamente no meio do deserto de Atacama.
Ana (strawb) resgatou a minha imaginação para um estado mais anestésico, onde os meus músculos arrefeceram e eu me deixei derreter pela esplanada onde estávamos. Olhei para o céu, limpo, da noite imatura, e inalei cheiros interessantes que se misturaram com o perfume agradável que imanava de quem estava ali perto. A luz ténue proveniente de algumas mesas, dispostas para os jantares que ali decorriam, e o cheiro persistente do verão, ofereceu o melhor dos ambientes. Foi nessa altura que entrou O menino, o vento e o mar. O mar…! Ali tão perto. Imaginei-o a invadir o parque das nações de forma tão lenta quanto possível, enquanto as guitarras iam sussurrando palavras melodiosas que me obrigaram a manter-me naquele universo durante todo o concerto.


Em After peace, swim twice e Tejo Walking, Pedro Gonçalves tocou o contrabaixo. Na verdade foram estas as músicas que me trouxeram recordações fantásticas de um albúm que ainda hoje me arrepia: Dialogues, de Carlos Paredes em dueto com Charlie Haden.

Quando tudo acabou, só me lembro de pensar que era impossível uma noite mais perfeita do que aquela...

quarta-feira, julho 12, 2006

Uma Nova Vaga

Trabalho de covers, no mínimo original, de músicas da cena pós punk, pelos Nouvelle Vague, que me têm chamado a atenção, pela capacidade estimulante e visual do imaginário.Temas tão conhecidos como Killing Moon de Echo and the Bunnyman, transformando o lamento sedutor depressivo, num imaginário onírico, quase infantil, onde tudo é possível. Um conceito de Alice num País das Maravilhas ao estilo Art nouveaux, uma lufada de ar fresco, uma viagem ao passado, às bandas sonoras dos filmes coloridos e falsamente cénicos dos anos 60. Imagino-me a beber um martini, num piano-bar de hotel, em Copacabana, em 1959, ao som da voz melosa de uma desconhecida cantora brasileira, num brilhante a Matter of speaking. A bossa nova, a provocação sensual conferida a um Guns of Brixton dos Clash, definitivamente, a continuar a tocar no meu CD player

terça-feira, julho 11, 2006

White Rose Movement


O nome White Rose Movement identifica um pequeno grupo alemão (die Weiße Rose) que existiu já no final da II grande guerra, e que se tornou famoso por se opor ao regime nazi. Começou com cinco estudantes universitários, de Munique, e sobreviveu apenas durante alguns meses. Resolveram planear uma distribuição de panfletos reaccionários, na universidade, e acabaram, todos os cinco membros, presos e executados.
Para os mais atentos ao mundo cinéfilo, em 2005 estreou um filme chamado Sophie Scholl: The Final Days que conta a historia do episódio final deste pequeno grupo, do ponto de vista de um dos membros. Se bem que dezenas de filmes contam a história deles!
Cinéfilias à parte, este foi o nome que adoptaram os WRM.


Os White Rose Movement nasceram no meio duma média de influências post-punk/electrónica e evocam vários estilos, flutuantes entre Joy Division, New Romantic, Duran Duran, Depeche Mode, etc. Ian Curtis, por exemplo, parece sobressair um pouco na figura do vocalista Finn Vine.
O primeiro álbum dos WRM, Kick(2006), consegue ser uma assemblée dos vários fortes impulsos musicais provindos de uma década tão vigorosa como foi a de 80, tão severamente marcada pelo electroclash. Iniciaram-se em Tour com os The Rakes, e este ano é possível vê-los ao vivo pela primeira vez no brutal festival de Benicássim (perto de Barcelona).




P.S.: Dedico este vídeo ao JC. Foram tantas as noites que me fustigou pelo telefone... 7 para ser mais precisa!

segunda-feira, julho 10, 2006

O culminar de um génio



I’m a freak, I’m a weirdo…
Badalou vezes sem conta no meu Walkman. Era o tema de uma década, e conseguiu formar a maior união de substâncias de uma geração.
No entanto é impossível deixar que creep defina inteiramente a sonoridade de uma grandiosa banda.
Mas terão sido os radiohead uma fase embrionária do que veio a seguir? Facto é que agora encontramos Thom Yorke, sozinho, naquilo que soa a uma definição de estilo próprio. O frenesim e os ambientes explosivos de sonoridades que deflagravam em pares de sentimentos antagónicos, possíveis de encontrar em OK computer, foram-se diluindo pelos albúns até encontrar termo em Hail to the Thief. Em The eraser sentimo-nos levitar num êxtase triunfal. É como se Yorke nos quisesse dizer que agora é que é, agora é que é ele. Em Cymbal rush somos até capazes de o ouvir sussurar qualquer coisa no nosso ouvido... E nós ouvimos, nós estamos a ouvir Thom!

sexta-feira, julho 07, 2006

Música, agitadora de emoções e pensamentos

Hoje fizeram-me uma proposta. Um convite que quero e vou tentar honrar o melhor que puder. À beira desta vertiginosa época de concertos, que se multiplicam à velocidade de um click , resolvi iniciar com a memória do que eu defino como, a descrição de um encontro musical casual com a surpresa dos sentimentos, agitados pelo mesmo encontro:
Numa noite chuvosa de Fevereiro, fui à descoberta de um tal Harris Newman.

“Enquanto a chuva caía intensa e persistente, a sala pouco cheia, respirava o silêncio. Apenas um violoncelo fazia o número de abertura, arrancando sons repetidos e pouco melodiosos. A ideia reverberizou-me na minha mente – será demasiado experimentalista para mim? Aos poucos os sons foram tomando conta e o cansaço da semana acumulada começou a surtir efeito. Desisti e fechei os olhos. À medida que esvaziava a cabeça de pensamentos, a imagem tornava-se mais nítida. Já vi isto acontecer antes! As ideias entram em ebulição. O som ritmado e repetitivo, resgatado peculiarmente, ao violoncelo transformava-se num sistemático movimento de limpa pára-brisas, ritmando a espera ansiosa e intrigante de quem observa e aguarda. Era perfeito para uma cena de suspense de um filme. À medida que os sons se tornavam mais fortes, a atenção passa para lá do vidro e da chuva que por ele escorre, por entre o movimento das escovas e a cortina de água deixa adivinhar o culminar do gradual aumento do ritmo e vibrações, que passavam agora a ilustrar o barulho ensurdecedor do cravar de estacas. Perfeito. Uma verdadeira e surpreendente viagem sonora, da qual participei por motivos aleatórios, que me levaram àquele espaço, naquela noite de chuva.”
Espero continuar a ter a sorte de testemunhar mais deste tipo de momentos musicais únicos que, tão naturalmente, se transformam nas palavras com que componho os meus pensamentos partilhados

quinta-feira, julho 06, 2006

Dirty Pretty things



E voltamos novamente ao Lisboa Soundz, 22 de Julho.

quarta-feira, julho 05, 2006

Dead Combo aki e agora!



Para quem nunca experimentou a louca sensação de entrar num centro comercial, eis agora uma excelente oportunidade (como aliás parece ser lógico alguém nunca ter tido já uma oportunidade destas, ever!! Catano!). Então, no dia 12 de Julho, no Beer Deck do centro comercial vasco da gama (este até é dos bons, porque é graande! Dá para fazer muitas e boas compras!), os Dead Combo vão dar um concerto, e ainda por cima de entrada livre (é destes que a malta gosta.)!
A partir das 21h estes portugas que conseguem com que o Clint Eastwood entre por uma casa de fados adentro de arma em punho (Wooh! É assim que está descrito o seu estilo site da banda.), vão assombrar.

terça-feira, julho 04, 2006

She wants revenge



Não se esqueçam, dia 22 de julho...

segunda-feira, julho 03, 2006

Lisboa Soundz Festival

A 2º edição do festival Lisboa Soundz, promovido pela música no coração é dia 22 de julho* (a quem interessar coincide com vilar de Mouros).

Quem se conta que vai aparecer por lá:
Howe Gelb (confirmadíssimo!)
Strokes (idem aspas!)
Dirty Pretty Things
She wants revenge (check!)
Los Hermanos (confirmam igualmente.)
We are scientists (tá mal isto, porque estes gajos têm no site outro concerto no mesmo dia!!)
Isobel campbell (parece que a informação surgiu a partir dos fãs algures no Myspace)
You Should Go Ahead

22 Julho - TERRAPLENO DE SANTOS - Lisboa
Entrada: 32.00€
Início do Evento: 17H00

(*Peço desculpa pela informação anterior que era absurda)

Lisboa Soundz Like strokes



Os Strokes surgiram em Nova Iorque no (pra mim) fenomenal ano de 1998 (isto porque este ano insiste em aparecer carradas de vezes à minha frente, em situações muito particulares!). E foi assim que se formou mais uma banda nos anos 90.

Este grupo de amigos passou grande parte do seu tempo em insistentes e dedicados dias de composições musicais. Esses dias resultaram num grupo fenomenal cuja música me faz lembrar, muito sinceramente, um new refreshing start. Experimentem ouvir “Razorblade” e percebem porquê (carreguem no link abaixo da figura).

Julian Casablancas (vocals e compositor), dizem, faz uma imitação de Lou Reed que arrepia! Confesso, faz mesmo! Em conjunto com os restantes membros: Fabrizio Moretti (batt), Albert Hammond Jr (axe guitar), Nick Valensi (guitar) Nikolai Fraitur (Bass). Todos com um estilo informal que evoca os anos 70 e 80.

Lá começaram com actuações pela cidade de Nova York. No entanto foi em 2000 que com This modern Age lançaram um EP na Rough Trade Records intitulado The modern Age. [...]

E agora não se esqueçam de os agraciar no dia 22 de julho, no Lisboa Soundz porque é a primeira vez que eles cá estão. EU CÁ VOU! (que merda que isto soa tanto aquele festival do rio!!)

domingo, julho 02, 2006

The Cult 'the' novo


It’s always nice to have a second chance in life!
Parece que sim, os americanos The Cult vão mesmo regressar a Portugal, no dia 12 de Julho, no coliseu do Porto.
O dia 7 de Junho soube a pouco … Soube a muuito pouco! E, lá está, pela módica quantia de 25 euros (não garanto nada acerca desta informação!) é possivel reviver temas como "Wild Flower" e "She Sells Sanctuary".
Só tive pena de não ter visto o Ian Astbury a fazer-se passar por Jim Morrison. Isso é que era!!
Vamos lá ver se consigo ir ao Porto.

sexta-feira, junho 30, 2006

Início

Só pra começar, aqui vai uma salva de palmas:
Plac! Plac! Plac! Plac! Plac! Plac! (Fade out)