e calor. Não consegui parar, tal qual uma árvore ao sabor do vento, de balançar lentamente ao sabor da música, como uma dança à distância com um parceiro invisível, sentindo o musgo fofo e gélido sob os pés descalços. Um misto de inocência com mestria, a melancolia de um interminável lamento que termina cedo demais, um sentimento que cresce ao sabor de uma paixão calmamente arrebatadora. Um misto de contrassensos que tão bem se misturam e fazem todo o sentido.
É como cair lentamente no precipício submerso, o poder respirar debaixo de água numa queda em câmara lenta, enquanto se tem a sensação de ser gentilmente elevado sobre o vazio.
Loka Augunum (fecho os olhos) e deixo-me invadir...
por um estado hipnótico
É assim, Sigur Ros
De notar também a curiosa mas fantástica interpretação da banda de abertura - AMINA - 4 bonecas de porcelana islandesa, que conseguiram criar um ambiente espectante, provando ser possível fazer música com o mais comum dos objectos. A construção de um imaginário infantil cruzado com nuances tétricas, com uma base de cordas clássicas, sequenciadas pela introdução de repetições melódicas arrancadas a copos com água, à serra tocada com arco, caixas de música, campainhas e orgãos de brincar, num serviço litúrgico, sobre um altar improvisado. A consultar
1 comentário:
Svefn-g-englar é provavelmente a minha música preferida dos Sigur Ros, embora tenha de reconhecer que não conheço muita coisa deles...
Ouvi esta música num episódio do CSI e fiquei apaixonado, não descansei enquanto não descobri que música era aquela...
Depois disso já tive a oportunidade de ouvir o último album completo (Takk, penso que é assim o nome), mas não fiquei tão impressionado...
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